Quatro dos 22 vereadores de São Paulo, que anunciaram apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ONGs que atuam na Cracolândia, vão retirar seus nomes.
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Segundo os parlamentares, eles foram enganados, pois o requerimento não falava em investigar especificamente o padre Júlio Lancellotti, como foi noticiado posteriormente.
Os que retiraram os nomes são: Sidney Cruz (Solidariedade), Thammy Miranda (PL), Sandra Tadeu (União Brasil) e Xexéu Tripoli (PSDB).
Autor da proposta, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) afirmou que o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo e conhecido pelo seu trabalho com a população carente da cidade, deve ser um dos principais alvos da CPI, caso seja instalada.
A CPI
O documento mostra a assinatura do líder do governo, o vereador Fábio Riva (PSDB), responsável pela articulação do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara.
Seis vereadores tucanos, de um total de oito, assinam o pedido. O PSDB é o maior fiador da empreitada, seguido por União Brasil e PL, com três cada, e Republicanos, com dois.
Podemos, MDB, Solidariedade, PSD e PP também cederam assinaturas.
Reações
A Arquidiocese de São Paulo reagiu com indignação. Em nota, a instituição afirmou que o padre Júlio “exerce importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados a atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade”.
O padre declarou ao Estadão que a investigação do uso de recursos públicos pelo terceiro setor é ação legítima do Legislativo e que não faz parte de nenhuma organização conveniada à Prefeitura, e, sim, da Paróquia São Miguel Arcanjo.
Informações são do jornal O Estado de São Paulo.