
Neste 8 de janeiro de 2024 completa-se um ano desde os ataques de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Federal.
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Em um evento em alusão a defesa da democracia realizado nesta segunda-feira, 8, lideranças do executivo, legislativo e judiciário se pronunciaram sobre o fatídico dia, condenando os ataques e salientando a importância da manutenção da ordem política.
Barroso
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que jamais serão esquecidos os atos golpistas e que se deve “manter viva a memória” daquele dia.
“Jamais esqueceremos! E estamos aqui para manter viva a memória do episódio que remete ao país que não queremos. O país da intolerância, do desrespeito ao resultado eleitoral, da violência destrutiva contra as instituições. Um Brasil que não parece com o Brasil”, disse o ministro.
Gonet
Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em discurso, disse que o preço da liberdade é a “eterna vigilância” e que, para o Ministério Público Federal (MPF), é “reagir ao que se fez no passado para que se recorde que atos contra democracia hão de ter consequências penais”.
“Não deve causar surpresa, mas deve ser visto como sinal de saúde da democracia que pessoas não importa que status social venham a ser responsabilizadas”, disse Gonet.
Moraes
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a “democracia venceu” e o Estado constitucional prevaleceu.
Alexandre de Moraes também defendeu a regulação das redes sociais para combater a desinformação e atos antidemocráticos.
“A ausência de regulamentação tornaram os usuários suscetíveis à demagogia e à manipulação política, possibilitando a livre atuação desse novo populismo digital extremista e de seus aspirantes a ditadores”, completou.
Randolfe Rodrigues
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), criticou integrantes da oposição por se ausentarem do evento.
Randolfe disse ser “lamentável” que alguns deputados e senadores não tenham comparecido ao ato simbólico.
“Hoje não é um evento de direita ou esquerda, é um evento da democracia, da República, para dizer que este Salão Negro, local onde o evento está sendo realizado no Congresso Nacional, que foi depredado no ano passado, não pode nunca mais ser invadido”, afirmou Randolfe a jornalistas.