

Se já virou um clássico da política brasileira prefeituras municipais bancarem, todo ano, nomes, bandas e grupos musicais de renome nacional para o Carnaval, imagine em períodos pré-eleitorais, como neste 2024.
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Há várias questões. Em primeiríssimo lugar, não contribui com o debate o puritanismo do contra. Há casos e casos.
O Ceará, para ficarmos somente nesse recorte, é bem servido de municípios turísticos.
Algumas cidades recebem públicos gigantescos nessa época do ano.
O dinheiro circulante, associado a um bom planejamento, consegue reverter, facilmente, os investimentos feitos em infraestrutura e cachês.
Se houver parcerias com a iniciativa privada, melhor ainda.
Mas essa não é a regra geral. Somos um estado pobre. A maioria dos municípios, idem.
Sempre vale o registro de que, na maioria das cidades cearenses, há mais gente no Bolsa Família do que trabalhando com carteira assinada.
Nos confins do mapa do Ceará, há localidades onde falta praticamente tudo em serviços públicos básicos.
Em casos assim, não se justificam contratos com tantos zeros à direita. Governar é tomar decisões difíceis e, às vezes, impopulares.
Outro ponto a considerar é a boa e velha transparência no uso do dinheiro público – quer dos próprios cofres ou de emendas parlamentares.
A melhor das fiscalizações é a prevenção.
Não adianta deixar isso para quando a Quaresma chegar.