Para lá de animada, a retomada dos trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) é termômetro do que teremos neste 2024.
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Gritos, discussão generalizada, princípio de tumultuo e suspensão dos trabalhos marcaram a sessão de início do ano legislativo na Casa.
Paralisados, professores da rede pública municipal protestaram por reajuste salarial. Uma vereadora, da área da saúde, em particular, roubou a cena.
Candidato à reeleição, o prefeito José Sarto (PDT) fez um balanço dos três primeiros anos de gestão e apontou novidades para os próximos meses.
Sob pressão, o chefe do Executivo prometeu fazer proposta aos professores até esta sexta-feira, 2.
A minoria barulhenta, entretanto, tinha outro foco: municiar as redes sociais com palavras de ordem para fins de engajamento. É do jogo.
Também é previsível que para a Câmara Municipal migre boa parte das repercussões do ano eleitoral.
A quase totalidade dos vereadores pretende renovar o mandato. Dezenas de outros têm interesse em conquistar uma das 43 cadeiras.
A campanha eleitoral em Fortaleza já começou.
Isso significa que recai sobre a Mesa Diretora e lideranças da Casa parte da responsabilidade sobre regras de boa convivência.
Acessos a casas legislativas devem ser livres como regra geral, mas em condições mínimas, para que funcionem a contento.
No caso concreto deste quinta, não faz o menor sentido colegas vereadores, assessores e visitantes partirem para agressões verbais e físicas.
Interromper alguém que está falando não pega bem sob hipótese alguma.
Diálogo, mesmo que entre campos políticos adversários, é um lado falar e o outro escutar.
Além de ser estranho alguém ter de lembrar o óbvio e pedir, como fez Sarto, educação a educadores.