

Ainda repercute nas rodas políticas e na cobertura jornalística o papoco de luz do PSB neste domingo, em Fortaleza.
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O partido recolheu 40 fichas de filiação assinadas por prefeitos de municípios grandes, médios e pequenos.
Foi, provavelmente, o maior ato do tipo da história política do Ceará.
Ao senador Cid Gomes (PSB) foi creditada a líderança que arrebanhou os chefes de executivos locais para sua nova casa.
É muito justa a vinculação das filiações em massa a Cid. O agora senador peessebista foi, efetivamente, a estrela da festa.
Cid é um dos maiores expoentes do jogo do poder de sua geração, no Ceará.
Governismo
Mas há outros fatores envolvidos. Por exemplo, a força e a influência do governo do Estado sobre prefeituras municipais.
No caso, o governo Elmano de Freitas (PT) – mas poderia ser qualquer outro. Já vimos isso.
O senador e seguidores, a maioria egressa do PDT, chegaram ao PSB depois da guerra interna no antigo partido.
Cid bateu de frente com a direção pedetista. Ele chegou a defender, publicamente, a retomada da aliança PT-PDT.
Permanecer à sombra do governo do Estado foi pragmatismo, sair do PDT foi consequência e a solução PSB, circunstancial.
Tanto que havia outras opções partidárias. O PSB, presidido por Eudoro Santana, pai do ministro Camilo Santana, foi a mais viável.
Independentemente da sigla, o efeito manada teve muito mais de interesse do que convicção política.
O raciocínio serve, sobretudo, para prefeitos, de mentalidade adesista e genética governista.
A grande maioria – não somente os agora integrantes do PSB -, não aguenta um verão sem governo.
Eles dependem disso para sobreviver.
No final do dia, muitos se mexeram para não sair do lugar.