
Carlomano Marques (MDB), prefeito afastado de Pacatuba, encaminhou sua carta-renúncia nesta quinta-feira, 8, à Câmara Municipal e ao juiz de Direito da 1ª Vara da comarca.
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Em pronunciamento nas redes sociais, o ex-gestor justificou que a decisão irá retomar sua vida de “cidadão comum”, na qual poderia acessar espaços públicos e privados com facilidade.
O emedebista também relatou estar sofrendo de “angústia” por conta da falta de resultado das investigações abertas contra ele no Ministério Público.
“Até agora, a Justiça não diz que sou culpado nem diz que sou inocente. E eu vou atravessando o tempo com o mais fino, agudo e frio punhal atolado no meu coração”, relata.
Carlomano está afastado da gestão há 11 meses, após operações apontarem participação em esquemas de corrupção.
Rafael Marques (PSB), vice-prefeito e sobrinho de Carlomano, assume a gestão do município até o final deste ano.
Investigação
O tempo fora da Prefeitura foi rendido por complicações judiciais. Em abril do ano passado, Carlomano e oito secretários chegaram a ser presos durante a Operação Polímata do Ministério Público.
À época, foi acusado de participar de crimes contra a administração pública e fraude em licitações, entre os anos de 2017 e 2022.
Em virtude dos indícios incriminatórios, o político foi afastado da Prefeitura por mais 180 dias.
Em outra operação deflagrada pelo MPCE em novembro, o prefeito afastado de Pacatuba chegou a ser preso após Polícia Civil encontrar munições de arma de calibre 12 em sua residência.
Rafael Marques (PSB), atual prefeito interino e sobrinho de Carlomano, também foi um dos alvos da investigação do MPCE.