O Ministério das Relações Exteriores do Brasil repudiou nesta sexta-feira, 1º, o assassinato de mais de 100 palestinos que buscavam comida em caminhões na Faixa de Gaza.
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De acordo com o Itamaraty, a situação é intolerável, que “vai muito além da necessária apuração de responsabilidades pelos mortos e feridos de ontem”.
O massacre na Cidade de Gaza, norte do enclave, ocorreu nesta quinta-feira, 29, e resultou em 110 mortos e até 750 feridos por tiros, bem como de pisoteios e atropelamentos.
As autoridades de Gaza atribuem o massacre aos militares israelenses.
Israel contestou o relato, afirmando que muitos morreram pisoteados ou atropelados ao buscar ajuda humanitária.
Para o governo israelita, militares dispararam contra a multidão porque teriam se sentido ameaçados.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu uma investigação independente sobre o massacre.
Súplica e cessar-fogo
Para as Relações Exteriores do Brasil, as aglomerações em torno de caminhões de ajuda humanitária mostram a situação desesperadora que está submetida a população civil da Faixa de Gaza.
Em nota, o Governo brasileiro suplicou intervenção à comunidade internacional, visto que a fome e a retenção de alimentos vem sendo denunciada há meses por autoridades e organizações sociais.
“A inação da comunidade internacional diante dessa tragédia humanitária continua a servir como velado incentivo para que o governo Netanyahu continue a atingir civis inocentes e a ignorar regras básicas do direito humanitário internacional”, declarou o Itamaraty em comunicado.
Ainda, o Governo reiterou a urgência de cessar-fogo, bem como de mais ofertas de ajuda humanitária e libertação de todos os reféns.
Na região, o Itamaraty vem prestando apoio a 20 brasileiros e palestinos em processo de imigração.
O grupo continua preso na região de Rafah, devido a situações adversas e a falta de segurança no local.