A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, nesta sexta-feira, 1º, estudo que mostra que mais de 1 bilhão de pessoas são afetadas pela obesidade no mundo.
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O resultado foi obtido após cientistas avaliarem o índice de massa corporal (IMC) de 220 milhões de pessoas a partir de 5 anos em mais de 190 países.
Os pesquisadores buscaram entender como a obesidade e o baixo peso mudaram em todo o mundo de 1990 a 2022.
Na pesquisa, houve um aumento significado da obesidade nas últimas três décadas. O dobro de mulheres e quase o triplo de homens adultos obesos.
No total, 879 milhões de adultos podiam ser considerados obesos em 2022 – alta de 350% em comparação com 1990.
A obesidade é ainda mais alarmante entre crianças e adolescentes. Em 2022, 159 milhões de crianças e adolescentes eram obesos – índice quatro vezes superior ao registrado em 1990.
Ainda, observou-se uma redução mundial de crianças e adolescentes de baixo peso (desnutrição) entre 1990 a 2022. Nas meninas, as taxas caíram de 10,3 para 8,2% e, entre meninos, foram de 16,7% para 10,8%.
Epidemia global
Para a OMS, a obesidade é uma doença crônica, progressiva e considerada uma epidemia global, bem como um questão de saúde pública.
Sua existência não tem causa específica, mas envolve diferentes fatores genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais.
O excesso de gordura no corpo pode vir a causar problemas cardiovasculares, diabetes, asma, gordura no fígado, infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e até alguns tipos de câncer.
Para combater o avanço da doença entre crianças e adultos, especialistas apontam a importância da reeducação alimentar, da prática de atividade física e também de políticas públicas para prevenir e conscientizar sobre a doença.
Segundo edição da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a obesidade atinge 26,8% da população acima de 20 anos.