O senador Cid Gomes (PSB) tem razão, motivos e respaldo para defender compartilhamento do poder por parte do PT.
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Esse foi o tom do discurso do líder peessebista neste final de semana, quando anfitrionou ato de novas filiações, em Fortaleza.
Razão: é justo que o arco de alianças que já tem a Presidência da República e o Governo do Estado ceda a cabeça de chapa em Fortaleza, por exemplo.
Façamos o teste básico: o que o PT, de instinto autocrático, diria ou faria se fosse o contrário – com um aliado já no comando nacional e estadual?
Nesse situação hipotética, o petismo aceitaria, calado, a indicação de cabeça de chapa de outro partido na Capital do Ceará?
Motivos: ao marcar posição sobre uma possível divisão do poder político no Estado e em Fortaleza, Cid foca em dois pontos:
1 – O PSB é – artificialmente ou não-, a segunda maior força política do Ceará. Por que não indicar o candidato a prefeito em Fortaleza?
2 – Agora líder de dezenas de prefeitos, deputados, vereadores, empresários e representantes de classe, como Cid será tratado pelo Palácio da Abolição?
Por fim, o respaldo: Cid foi presidente da Assembleia Legislativa, prefeito de Sobral e governador do Estado.
Em todo o vitorioso percurso, o hoje senador compartilhou o poder.
Para Cid, portanto, não é querer demais.