
O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação do ex-policial militar, Daniel Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e Anderson Franco. O crime completou seis anos na última semana, dia 14 de março. No entanto, até o momento, apenas os executores foram identificados e presos.
Com o acordo de delação premiada, assinado de forma voluntária, o caso continua a ser conduzido na Corte, pelo ministro Alexandre de Moraes.
“Nós sabemos que essa colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos, que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco. O processo segue em segredo de justiça, como todos sabem”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira (19).
Processo de investigação
A linha de investigação apura quem foram os mandantes do duplo assassinato. Embora o inquérito esteja em segredo de justiça, Lessa, que está preso desde 2019, deve ser levado a júri popular.

Nas questões criminais, cabe ao STF o julgamento de parlamentares com foro privilegiado na Corte, como deputados federais e senadores. Dessa forma, uma das justificativas para a remessa da investigação pode ser a citação do nome de alguma autoridade com foro no tribunal. Contudo, o motivo da movimentação da investigação não foi confirmado pela Polícia Federal.
“As notícias que acabam de sair com os avanços da investigação sobre o caso da minha irmã e do Anderson, nos dão fé e esperança de que finalmente teremos respostas para esse assassinato político, covarde e brutal. O anúncio do Ministro Lewandowski a partir do diálogo com o Ministro Alexandre de Moraes é uma demonstração ao Brasil de que as instituições de Justiça seguem comprometidas com a resolução do caso”, disse a ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco.