
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi preso novamente, nesta sexta-feira, 22, após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
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O mandado de prisão foi expedido pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Mauro Cid foi preso preventivamente por “descumprimento das medidas cautelares e por obstrução à Justiça.”
O militar cumpre detenção no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília há quatro meses.
Antes de voltar ao prédio militar, Cid será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) pela PF.
Áudios vazados
A oitiva de Mauro Cid foi marcada após publicação de áudios nos quais faz críticas ao ministro Alexandre de Moraes. O material veio a público, nesta quinta-feira, 21 pela Revista Veja.
Segundo o veículo, a gravação contém 1 hora de duração e teria sido feito após último depoimento do tenente-coronel, realizado no dia 11 de março de 2024.
Em conversa com um interlocutor não identificado, Cid afirma que policiais queriam que ele respondesse coisas que não sabia.
“Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu?”, disse o militar.
No mesmo diálogo, Cid chega a afirmar que o ministro Alexandre de Moraes tem uma “sentença pronta”.
Até o momento, não há explicações de como os arquivos foram obtidos pela Veja.
O STF homologou o acordo de delação do ex-ajudante de ordens em 9 de setembro de 2023. A negociação corre sob sigilo.
O militar é visto como uma parte essencial da investigação acerca da tentativa de golpe organizada por esquema que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autoridades do Governo e a alta cúpula das Forças Armadas.