
Os mais entendidos no assunto dizem que um bom governo funciona a partir do seguinte tripé: gestão, articulação política e comunicação.
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Ou seja: a administração apresenta resultados, os aliados fazem barulho em cima e os canais de divulgação e análise completam o ciclo virtuoso.
Por óbvio, o desenho acima funciona para qualquer nível – municipal, estadual e nacional –, cada um, claro, com níveis de complexidades distintas.
Governo Lula: a versão 3.0 do atual governo federal não está entregando os resultados vendidos na campanha.
A articulação política do petista no Congresso tem de melhorar para ficar ruim.
Há muito bate-cabeça e pouca sintonia entre os principais líderes.
Num contexto do tipo, a comunicação resolveria? Claro que não.
É impossível um plano de comunicação rodar, de forma eficiente, se não houver muito o que mostrar.
Os três itens – entrega, apoio e mídia –, funcionam se retroalimentando.
Em outras palavras: um se apoia no outro. Isso ocorre para o bem e para o mal.
Quando um ou dois deles deixam a desejar, não há santo milagreiro da política que consiga fazer o terceiro funcionar. Simples assim.
Marquetólogos podem muito, mas não podem tudo
Quase todos que trabalham em campanhas eleitorais conhece algum episódio em que o candidato espinafrou a equipe porque não consegue subir ou está caindo nas pesquisas de intenções de voto.
Outro clássico é o postulante querer sempre por perto o chefe da equipe de comunicação.
Alguns se sentem abandonados quando a ausência física é sentida.
Sabe-se que uma disputa eleitoral é muito mais do que isso.
O problema não está no Marquetólogo.
Campanha começa na gestão
Pilotar uma gestão de resultados, organizada e articulada é o primeiro ponto para uma pré-campanha tranquila e uma campanha competitiva, com boas perspectivas de resultados positivos.
Tudo fica mais fácil.
Desde a apresentação do que foi feito às propostas de avanço, na hipótese de ser a busca pela reeleição.
Nesse caso, a oposição que lute. Em outros termos, campanhas eleitorais começam nas gestões.
Também ocorre o inverso: gestões se iniciam em campanhas.
É lá onde, por exemplo, acontecem promessas, que depois serão cobradas.
Relacionamento
Qualidade técnica e experiência em disputas eleitorais sempre ajudam no perfil do profissional de comunicação.
Mas nada é tão valioso quanto relacionamentos com a cadeia alimentar dos veículos de imprensa.
Construídos ao longo da carreira, esse é o principal ativo.
Sempre faz a diferença.
O bom candidato deve saber disso.