O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, deve explicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ida à embaixada da Hungria, durante o período de 12 a 14 de fevereiro, em até 48 horas. O ex-mandatário estava com o passaporte apreendido, após operação da Polícia Federal que o investiga por tentativa de golpe de Estado.
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As embaixadas são ambientes protegidos, fora do alcance das leis e das autoridades brasileiras. A permanência nesses locais, em tese, pode configurar burla à determinação de não se ausentar do país, já que o objetivo da medida é exatamente manter o investigado ao alcance das forças de segurança nacionais. Ou seja, ele só poderia ser preso se o governo húngaro autorizasse.
A defesa de Bolsonaro confirmou que o ex-mandatário havia ficado hospedado no local com o objetivo de manter contatos com autoridades do país. Os advogados afirmam que o ex-presidente mantém bom relacionamento com o primeiro-ministro Viktor Orbán.
Questionado sobre o objetivo de uma explicação, Bolsonaro disse que: “Algum crime, porventura, venham a investigar”.
“Então, digamos porventura dormir na embaixada, ou conversar com embaixador, algum crime nisso? Tenha paciência, chega de perseguir”, afirmou Bolsonaro.