
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira, 5, que as obras da ferrovia Transnordestina devem ser concluídas até o primeiro trimestre de 2027.
Siga o Poder News no Instagram.
A data foi estabelecida durante inspeção às obras localizadas em Iguatu, no Centro-Sul do Ceará.
A Transnordestina Logística (TSLA), responsável pela execução da obra, projetou conclusão similar – entre o final de 2026 e o primeiro trimestre de 2027.
“Eu quero dizer que, se depender do Governo, vamos terminar porque vamos cumprir todos os acordos firmados e não vamos permitir que faltem recursos”, afirmou o presidente.
Atualmente, 670 km da ferrovia foi concluída, aponta o Governo Federal. O trecho com obra mais avançadas é entre Acopiara e Quixeramobim.
Nesse perímetro, já foram concluídas as etapas de terraplanagem e drenagem. Resta agora a instalação de trilhos e dormentes.
Histórico
A ferrovia Transnordestina deveria ter sido concluída há 14 anos.
Com o atraso, a obra está orçada em R$ 14 bilhões – quase três vezes o valor inicial (R$ 4,5 bilhões).
A Ferrovia vai ligar o sertão do Piauí com o Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Percurso inclui 53 municípios do Nordeste, num total de 1.206 quilômetros.
Atualmente, foram gerados 3,8 mil empregos, entre diretos e indiretos, com mais de 90% de mão de obra local.
Desenvolvimento
Acompanhando a agenda presidencial, o governador Elmano de Freitas (PT) afirmou que a conclusão da obra será um passo importante para o desenvolvimento do Estado.
“É esse trem que vai pegar os calçados produzidos hoje e vai levar até o Porto do Pecém, para a exportação e para geração de mais empregos para regiões como Cariri e Sertão Central”, exemplificou.
Além dos transporte de bens industriais, parte da carga será destinada ao mercado externo. A linha terá ligação direta com o porto do Centro Industrial Portuário do Pecém (CIPP).
Ainda, espera-se montar três terminais de cargas para o estado. A região entre Iguatu e Quixadá sediará um para grãos.
Os outros dois serão voltados ao transporte de combustíveis e fertilizantes, mas aguardam definição da sede.