Advogados adoram a expressão “jus esperneandi”. É um termo jocoso, inexistente, que significa mais ou menos “direito de reclamar”.
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Depois da lição de latim rsrsrs, vamos aos fatos.
A deputada federal Luizianne Lins (PT) é um dos nomes postos para disputar a Prefeitura de Fortaleza.
Uma etapa importante se dará neste domingo, 7, quando o partido definirá os delegados que escolherão o pré-candidato – ou pré-candidata -, à PMF.
Luizianne tem um cartel admirável na Capital.
De quatro disputas de que participou – 2004, 2008, 2016 e 2020 – venceu as duas primeiras.
Para registro: nas duas últimas, LL foi para o sacrifício – quando o PT sofreu o mais duro ataque de sua história.
Isso dá primazia para a ex-prefeita vir a ser a candidata, pela quinta vez?
Claro que não. A política não funciona assim. Ainda mais em tempos pragmáticos, como mostra o lulopetismo.
Ex-vereadora de Fortaleza, ex-deputada estadual, ex-prefeita da Capital e agora deputada federal, o que mais Luizianne quer?, perguntam interlocutores da Coluna.
Ciclos políticos vêm e vão. Têm começo, meio e fim. Todos deveriam saber disso.
Luizianne tem um espaço reservado na memória coletiva das jornadas de que participou, em lutas e conquistas.
Mas a fila anda. Os contextos políticos são filhos de seu tempo. O novo sempre vem.
Não é fácil perceber e assimilar isso.
Há dois tipos de aposentadoria política: a voluntária, quando o personagem se recolhe, e a involuntária, quando o eleitor decide pelo político.
Nesse sentido, soaram, no mínimo, estranho as últimas declarações da pré-candidata.
A deputada abriu dúvidas sobre eventual apoio a outro nome do PT na Capital e insinuou deixar o partido.
Não pegou bem.
Voltando ao “jus esperneandi”, vale lembrar a expressão “nunca jogue xadrez com pombos”.
Eles não enxergam todo o tabuleiro, derrubam as peças, sujam a mesa e ainda batem asas, inconformados.