
As famílias com renda mensal alta sentiram menos o peso da inflação, em março, se comparadas com os lares de renda muito baixa. No mês, a inflação oficial do país ficou em 0,16%.
Siga o Poder News no Instagram.
A comparação foi realizada em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira, 15.
Segundo estudo, a inflação das famílias que possuem rendimento acima de R$ 21 mil foi de 0,05%. O valor é menor que em fevereiro (0,83%).
Já para a base da pirâmide – famílias com renda menor que R$ 2,1 mil – o peso da inflação foi de 0,22%, seis pontos percentuais acima do índice oficial.
Se comparada ao topo, a desaceleração no período foi menos expressiva, de 0,78% para 0,22%.
O Ipea faz o desdobramento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pesquisadores destacam que os preços dos alimentos no domicílio e dos combustíveis explicam grande parte deste alívio inflacionário em março.
Variações
Ainda, um dos principais motivos para disparidade é o perfil de consumo desses lares.
Os mais pobres, por exemplo, têm o orçamento mais sensível a mudança nos preços de alimentos.
Já as famílias mais endinheiradas sentem mais alterações no custo de passagens aéreas, por exemplo.
Esse item apresentou recuo de 9,1% em março, o que levou a uma “descompressão ainda mais significativa para a faixa de renda alta”, segundo o Ipea.
Outro fator para o alívio inflacionário na classe alta foi a descompressão do grupo educação. A variação reduziu após reajuste de mensalidades escolares.
*Com informações da Agência Brasil.