Os horrorosos homicídios desta terça-feira (23) em Fortaleza levaram as duas maiores autoridades político-administrativas do Ceará – o prefeito da Capital e o governador do Estado -, a trocarem pesados insultos.
O embate nas redes sociais elevou o tom de agressividade entre José Sarto (PDT) e Elmano Freitas (PT), dividiu opiniões, formou torcidas nas bolhas e provocou protestos de categorias profissionais.
A violência verbal entre o pedetista e o petista foi uma amostra do que virá nos próximos cinco ou seis meses, até o desfecho da corrida eleitoral de 2024. Tirem as crianças da sala.
Aqui vem sendo cantada a pedra de que os índices de criminalidade invadirão o debate eleitoral de 2024 em Fortaleza. É do jogo. O que surpreendeu foi a virulência com que a discussão está acontecendo.
Sarto é pré-candidato à reeleição; Elmano é um dos padrinhos do pré-candidato a prefeito Evandro Leitão (PT).
O ensaio de ontem deve ser visto por esse ângulo. Sem o componente eleitoral, os dois crimes, lamentavelmente, iriam para as estatísticas. E só.
Quem ganhou o embate de ontem? Ninguém. Todos perderam. Inclusive e principalmente, as famílias que tiveram seus entes eliminados, de forma bárbara.
Esse deveria ter sido o teor das notas assinadas por Sarto e Elmano.