

Cá estamos no 2º Dia do Trabalhador do governo Lula 3. Para usar um clichê, há o que comemorar. A taxa de desemprego – um dos termômetros do meio -, para o último trimestre é um dos menores da série histórica: 7,9%; a inflação está sob aparente controle e o salário mínimo, apesar do pouco poder de compra, vem sendo preservado.
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O cenário para o trabalhador está, portanto, razoável, apesar dos novos tempos políticos. Foram-se as greves gerais e passeatas; vieram o home office, redes sociais e grupos de Whatsapp.
Hoje, até os grisalhos fazem política sindical no celular. Nos parlamentos, a pauta do trabalhismo perdeu muita força.
Em termos macros, o panorama é preocupante. O País está desindustrializado, o comércio de bens e produtos de alto valor agregado – não mais cacarecos – é devorado pela China e o setor de serviços controlado por grandes corporações. Isso afeta, diretamente, o trabalhador.
Na média geral, com baixa escolaridade e formação, a massa salarial brasileira não conseguiu acompanhar a linha histórica que nos trouxe até aqui.
No meio do fogo cruzado entre extremos políticos, os trabalhadores, na essência de centro-esquerda, estão mais preocupados em manter seus empregos e governos de pé. Sem isso, a luta não continua.
Indústria 4.0 revoluciona relação capital-trabalho

As grandes mobilizações sempre estiveram presentes – quer na época da indústria 1.0, que mecanizou fábricas quer na 2.0, que trouxe as linhas de produção. Também marcaram a indústria 3.0 e sua automatização tecnológica.
A indústria 4.0, com computação em nuvens, internet das coisas e inteligência artificial, revoluciona mais uma vez.
Tudo isso impacta modelos de negócio – o que puxa a relação capital-trabalho, calibrada pelo mercado e mediada pelo Estado.