
Investigadores da Polícia Federal (PF) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realizam, nesta quarta-feira, 15, testes de segurança nas urnas eletrônicas a serem utilizadas no pleito deste ano.
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As eleições municipais estão marcadas para 6 de outubro, com eventual segundo turno em 27 de outubro.
Outros testes de verificação de falhas serão realizados até a próxima sexta-feira, 17, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As avaliações fazem parte do Teste Público de Segurança (TPS), executado a cada ciclo eleitoral.
No atual ciclo, o TPS foi realizado entre 27 de novembro e 2 de dezembro do ano passado.
Na ocasião, 33 investigadores executaram 35 planos de ataques contra as urnas, após ter acesso ao código-fonte de todos os sistemas de votação.
Uma comissão avaliadora selecionou cinco inconsistências a serem examinadas novamente nesta nova fase de testes.
O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, descreveu o TPS como “fundamental para o sistema eleitoral, pois possibilita essa transparência e essa evolução constante”.
Durante o teste de confirmação, serão executados os firmwares (programas de controle do hardware) e as mídias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica.
Os testes de confirmação também contaram com a participação de sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
Falhas
Ainda, segundo o relatório do TPS, os ataques realizados não conseguiram fragilizar a integridade ou o sigilo do voto.
No entanto, foram encontradas possíveis falhas, por exemplo, na inicialização da urna, com a ocorrência de uma mensagem de erro não prevista.
Outra falha imprevista foi encontrada pela PF no procedimento de carga da urna, quando são inseridas as informações sobre os candidatos e o eleitorado.
A equipe formada por um professor e três alunos da UFMS encontrou ainda duas falhas envolvendo o controle e privilégios de acesso de aplicações executadas na urna.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente, afirmou que os erros “achados” serão estudados e reajustados dentro do código-fonte.
*Com informações da Agência Brasil.