
A morte do suplente de vereador Erasmo Morais (PL) reverberou novamente no palanque de deputados estaduais nesta quinta-feira, 16.
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Morais foi assassinado com 47 tiros no, último dia 7 de maio, quando chegava em sua residência no Crato.
Em pronunciamento, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, o deputado Dr. Aloísio (União) cobrou respostas sobre o crime “extremamente brutal”.
“Sei que um crime em que 47 tiros são disparados, desses, 36 de fuzil, é um crime grave e que precisa ser esclarecido”, disse.
Dr. Aloísio salientou que não procura fazer acusações, visto a politização do caso.
“Não faço politização, ainda mais porque Erasmo Morais era meu amigo. Peço apenas a investigação. A situação no Crato está grave. Os pré-candidatos estão assustados e com medo de denunciar qualquer fato”, assinalou.
Em aparte, os deputados Sargento Reginauro (União) e Felipe Mota (União) se solidarizaram com a família do vereador e reafirmaram a necessidade de buscar a elucidação do crime.
“Não podemos voltar para a época da pistolagem. Isso é grave e precisa ser amplamente investigado”, ressaltou Sargento Reginauro.
“Descredenciamento da investigação”
O deputado Osmar Baquit (PDT) também trouxe o caso ao Plenário. Diferentemente de Dr Aloísio, Baquit criticou a politização do caso.
Segundo ele, “foram feitas ilações políticas”, tentando atribuir a morte de Erasmo Morais a um “crime político”.
Antes de falecer, Erasmo declarou a homólogos da Câmara que temia pela sua própria vida pois iria mexer com “gente grande”.
“Em um primeiro momento, foram feitas ilações como se a pessoa tivesse feito uma crítica à prefeitura e, em função disso, tivesse sofrido uma represália”, argumentou Baquit.
Opositores chegaram a ligar a morte de Morais com o grupo aliado do prefeito do Crato, José Ailton Brasil.
Segundo Baquit, o prefeito solicitou apuração rígida do caso e pediu “para que não tenha nenhuma ilação com o nome dele”.
O parlamentar alertou ainda que não se pode “descredenciar” a investigação feita pela polícia, pois essa ainda não foi concluída.
“Tem que se apurar todas as vertentes, não só a vida política. Saber se o crime tem a ver com pistolagem política, com questões pessoais, se é ressaca de outras coisas. Tem que apurar e tem que punir os responsáveis”, reiterou Baquit.
*Com informações da Assembleia Legislativa do Ceará.