Empresas do setor siderúrgico anunciaram, nesta segunda-feira, 20, um investimento de R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028.
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O valor foi divulgado em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin e a equipe econômica, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Contudo, os detalhes sobre os investimentos não foram divulgados.
Nas redes sociais, o presidente Lula comemorou a decisão do setor siderúrgico.
“Voltamos a ser um país atrativo para novos investimentos e mercados”, escreveu.
O vice-presidente Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ressaltou que os investimentos são consequência das políticas do governo de apoio ao setor siderúrgico.
“O resultado são R$ 100 bilhões em investimentos, melhorando a competitividade, gerando descarbonização, emprego e renda”, afirmou.
Uma das políticas fiscais aplicados no setor é a imposição de cotas de importação.
Há ainda dez investigações comerciais em curso.
Segundo o vice-presidente, a política de apoio ao aço ajudará a diminuir a ociosidade no setor siderúrgico.
“Houve uma grande preocupação em relação à importação de aço. Nos últimos anos, teve um crescimento muito grande da importação, levando à ociosidade uma indústria de base importante”, acrescentou Alckmin.
Ele ressaltou que o aço brasileiro poderá ser usado pela indústria automotiva, que nos últimos meses anunciou investimentos no país.
Controle fiscal
O Governo Federal anunciou, em abril, cotas de importação para 11 tipos de produtos de aço.
Caso o volume máximo seja superado, eles pagarão 25% de Imposto de Importação para entrarem no país.
A publicação é válida por 12 meses.
A medida tem como objetivo evitar a concorrência desleal com o aço nacional.
Segundo o Instituto Aço Brasil, de janeiro a março, o Brasil importou cerca de 1,3 milhão de toneladas de aço.
A alta é de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O setor afirma que, no ano passado, 26% do aço consumido no país foi importado. Desse material, 58% veio da China.
Outra disparidade é no grau de investimentos e geração de empregos.
De acordo com o Instituto, o setor investiu R$ 162 bilhões em 15 anos e emprega 2,9 milhões de pessoas.
No entanto, as siderúrgicas nacionais operam com cerca de metade da capacidade instalada.
A produção alcança 26,6 milhões de toneladas, diante de um potencial de 51 milhões.
*Com informações da Agência Brasil.