A escolha de candidatos a vice – de postulantes a prefeito, governador e presidente, não importa -, é pragmatismo político em estado puro.
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Chegar a um nome significa perceber a força que o perfil representa – para além do peso partidário -, somada a outras variáveis produzidas por circunstâncias específicas.
No caso do pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), é gritante que o petista precisa – e muito -, de uma mulher como candidata a vice-prefeita. Vejamos:
Por que o presidente da Assembleia Legislativa trocou o PDT pelo PT?
Simples. Ele foi um dos símbolos da diáspora partidária que teve como pivô uma candidatura feminina – Izolda Cela, em 2002.
Nesse sentido, o PT deve uma resposta política coerente ao Ceará – e Fortaleza, particularmente.
Segundo ponto: como Evandro chegou à condição de pré-candidato a prefeito de Fortaleza?
Simples, parte 2: com apoio dos principais líderes petistas do Ceará, ele enfrentou e derrotou uma mulher: Luizianne Lins.
E ainda há a já tradicional peça de marketing eleitoral, pelo fato de a maior fatia do eleitorado ser feminina.
Redução de danos
Logo após a vitória de Evandro Leitão sobre Luizianne Lins, petistas passaram a pregar unidade partidária.
Desde então, quase nada mudou – a não ser a possível ida da ex-prefeita para a campanha de Waldemir Catanho (PT), em Caucaia.
É uma incógnita o que pode acontecer lá e cá.
A indicação, portanto, de uma mulher para vice do pré-candidato em Fortaleza pode funcionar como contenção de danos.
E se isso, de alguma forma, preencher o vácuo político deixado pela derrotada Luizianne, melhor ainda.