
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT) anunciou, nesta segunda-feira, 27, a saída de Samuel Elânio do comando da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Siga o Poder News no Instagram.
O mandatário agradeceu a dedicação e trabalho realizado.
Ainda, Elmano informa que substituto será o delegado de Polícia Federal, Roberto Sá.
“Desejo muito sucesso ao novo secretário Roberto Sá na missão de enfrentar fortemente a criminalidade e proteger os mais de nove milhões de cearenses”, escreveu.
De acordo com apuração do Diário do Nordeste, a nomeação teve aval do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Elmano busca um perfil mais enérgico e operacional para o comando da área da Segurança.
Um enfrentamento mais rigoroso da criminalidade é também um dos principais objetivos da nova gestão.
Perfil
O novo titular já foi Secretário de Segurança dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Além disso atuou como subsecretário de Planejamento e Integração Operacional do Rio de Janeiro.
No meio acadêmico, formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ).
É especialista em Liderança e Gestão Pública pelo Centro de Liderança Pública, com módulo internacional em Harvard, nos Estados Unidos.
Também é pós-graduado em Controle Externo, pela Fundação Getúlio Vargas.
No currículo, destacam-se cursos de Sistema de Comando de Incidentes e Centro de Operações de Emergência, emitidos pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Polêmica
O delegado Samuel Elânio deixa a pasta após fala polêmica, concedida à imprensa, na última quarta-feira, 22.
À época, o chefe da Segurança afirmou que o número de homicídios neste ano está “razoável”.
“Mas comparado com todo o período, um período bem maior do que esse, nós ainda estamos com um número razoável. Mas sabemos que devemos melhorar e vamos melhorar”, afirmou o ex-secretário.
A declaração repercutiu negativamente dentro da esfera pública e política.
Elânio emitiu uma retratação pública, na última sexta-feira, 24, ao jornal O POVO, onde considerou fala “inadequada”.
Antes da declaração, o titular já estava sendo alvo de pressões internas para deixar o comando.
A morosidade dos trabalhos e a alta nos índices de homicídios foram motivos de insatisfação para o governador do Estado.
Havia a expectativa de que a troca de comando ocorresse antes das eleições municipais. No entanto, a declaração controversa foi o “estopim” para a mudança na pasta.