
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT) assinou, nesta segunda-feira, 10, o decreto que cria o Comitê Estratégico de Segurança Integrada do Estado do Ceará (Coesi).
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O órgão visa a construção de estratégias e ações permanentes para combater o crime no Estado.
Na composição, serão 14 representantes, dentre eles os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de comandantes de órgãos vinculados à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará.
Segundo o governador, a reunião inaugural do Coesi acontece na próxima terça-feira, 18. Os encontros devem ocorrer periodicamente.
Na ocasião, autoridades discutirão informações, ações e operações de enfrentamento ao crime.
Nas redes sociais, Elmano afirmou que tem “absoluta convicção” de que a atuação conjunta das entidades contribuirá para combater a criminalidade no Ceará.
“Nossas forças de segurança terão apoio irrestrito nessa missão”, complementou.
Discurso combativo
Nos últimos dias, o governador do Ceará vem reforçando um discurso mais combativo em relação à violência.
Elmano afirmou que a esquerda precisa atualizar o discurso de que a desigualdade social é o único motivo para violência.
“Só que [a desigualdade e a pobreza] não é a única causa. Se olharmos a nossa experiência no primeiro e segundo governos do presidente Lula, a vida do povo brasileiro melhorou muito, e nesse período a violência também aumentou. A vasta maioria de homicídios é por disputa de território de organizações criminosas”, argumentou, em entrevista ao O Globo, divulgada neste domingo, 9.
Em contraponto, pontuou que a popularização da política de “vale tudo” da extrema-direita é consequência do discurso mais brando da esquerda.
“A diferença que nós temos com a extrema-direita é que eles defendem uma política de segurança sem lei, em que pode tudo: torturar, matar, descer a um nível que o Estado civilizado não pode permitir. Mas a esquerda tem que atualizar o discurso e propor uma ação muito dura contra o crime. É defender claramente que as organizações criminosas são inimigas do povo no seu dia a dia, e que querem abalar nossas instituições”, assinalou Elmano.
Para tal, o governador enfatizou a criação de um projeto de Segurança equilibrado – em que sejam fornecidos oportunidades para fugir do crime, mas do contrário, trate o criminoso como “inimigo do povo e da democracia”.