O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou, nesta segunda-feira, 10, a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma Caatinga.
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Um deles prevê a ampliação do Refúgio da Vida Silvestre (REVIS) do Soldadinho-do-Arararipe, composta por 4.480,07 hectares, na Região do Cariri, no Ceará.
As ações devem ser implantadas até 2026. O Governo estima que mais de um milhão de hectares serão protegidos.
Missão climática
As iniciativas integram a Missão Climática pela Caatinga, que reuniu governos federal e locais, além da participação do secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Ibrahim Thiaw.
Segundo dados do MMA, a desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro.
São regiões onde a atividade humana e as variações climáticas determinaram a perda total da biodiversidade, da capacidade de serviços ecossistêmicos e até da capacidade produtiva do solo.
Saiba mais
Localizada integralmente no semiárido, a Caatinga só existe no Brasil e abriga uma biodiversidade única.
Além disso, contém 60% do seu território ocupado por populações.
Autoridades ambientais afirma que essas características fazem com que a vegetação nativa dessa região seja a mais suscetível às mudanças climáticas.
Desde 2015, o Brasil tem uma Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, criada pela lei nº 13.153.
Ainda, o desmatamento da Caatinga avançou nos últimos anos.
Segundo Relatório Anual do Desmatamento da Mapbiomas, em 2023, a Caatinga concentrou mais de um quinto dos alertas de desmatamento do País.
Ao todo, foram desmatados 201.687 hectares de Caatinga, com um aumento de 43,3% em relação a 2022.
Os estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte lideraram o crescimento dos alertas de desmatamento na região.
*Com informações da Agência Brasil.