O conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão negou envolvimento dele e do seu irmão, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), no assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro.
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A fala ocorreu durante depoimento nesta terça-feira, 16, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Para Domingos, ele e seu irmão são vítimas de uma conspiração. Ele alegou que policiais forjaram um dossiê falso para incriminar os dois.
“Há um policial federal e dois ex-policiais civis que receberam vantagens de um certo indivíduo, do ex-vereador Marcello Siciliano, para me incriminar”, disse Domingos Brazão.
Os irmãos Brazão estão presos desde março, acusados de serem os mandantes da execução de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Em seu depoimento, Chiquinho Brazão não apenas disse que tinha uma relação “maravilhosa” com Marielle Franco quando atuaram juntos na Câmara de Vereadores no Rio, como também assegurou ser vítima no processo que investiga a morte da vereadora.
“Não estamos envolvidos em nada. Somos vítimas de acusação de um réu confesso para obter benefícios, não sabemos nem por quê, ele está provavelmente protegendo alguém”, disse Chiquinho Brazão.
Na sessão, testemunhas de defesa e o advogado do deputado tentaram desfazer a possível relação do parlamentar com grupos milicianos fluminenses.
Ambas testemunhas e acusados negaram veementemente qualquer relação com o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Domingos Brazão, inclusive, foi taxativo ao dizer que nunca conheceu a vereadora.
Saiba mais
Na última segunda-feira, 15, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ouviu o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.
Ele está preso sob a acusação de comprometer as investigações do assassinato de Marielle.
Na audiência, Rivaldo negou qualquer relação com os irmãos Brazão e que sua indicação ao cargo não foi influenciada por eles.
“Desde o dia em que eu nasci, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão. Eu nunca falei com essas pessoas na minha vida”, afirmou.
A Câmara dos Deputados investiga se houve quebra de decoro no caso do deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias.