Cerca de 600 mil cearenses saíram da extrema pobreza no período pós-pandemia, entre 2021 e 2023.
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O que significa uma redução de 40,6% do número de cearenses extremamente pobres.
É o que revela estudo do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Levantamento tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).
Do total, mais de 193 mil estavam na zona urbana e cerca de 407 mil na rural.
A redução foi mais expressiva nas áreas rurais, com uma queda de 56,7%.
Já nas zonas urbanas, a diminuição foi de 25,4%.
Em 2023, 15,5% da população rural e 7,7% da urbana ainda enfrentavam extrema pobreza.
Ainda, 64,5% da população extremamente pobre estava vivendo nas áreas urbanas.
Segundo Ipec, resultado indica que a população nessa situação passou a ser majoritariamente urbana.
No comparativo com a última década, cerca de 388 mil cearenses deixaram a extrema pobreza. A diminuição da extrema pobreza foi de 30,7%.
O desempenho é igual a do Nordeste e superior ao do Brasil, que teve redução de 2,2 pontos percentuais no período
Em 2012, cerca de 14,5% da população cearense vivia nessa situação, o que correspondia a mais de 1,2 milhões de pessoas.
Já em 2023, esse percentual caiu para 9,4%, totalizando 876 mil pessoas.
Contraste
Segundo estudo, a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou um aumento de 14,6% na extrema pobreza entre 2021 e 2023.
Em contraste, no interior do estado, houve uma redução de 53,3% no quadro econômico.
Somente em 2023, na RMF, houve um aumento de quase 60 mil pessoas vivendo nessa situação.
Em 2023, a RMF concentrava 35,9% dos extremamente pobres do Ceará, com Fortaleza sozinha registrando um aumento de 23,4% na extrema pobreza.
De acordo com o Ipece, a população da capital vivencia o aumento da extrema pobreza nos últimos dois anos.
O número atingiu seu valor máximo em 2023, com um total de 172 mil fortalezenses nessa situação.
Saiba mais
Atualmente, a linha de pobreza internacional é definida como US$ 2,15 por pessoa por dia.
Abaixo deste padrão, considera-se um indivíduo vivendo na extrema pobreza.