O Governo Central apresentou déficit primário de R$ 38,8 bilhões em junho. A informação foi revelada, nesta sexta-feira, 26, pelo Ministério da Fazenda.
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A entidade reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.
Segundo a pasta, o resultado do mês foi melhor que as expectativas do mercado financeiro, que indicavam déficit de R$ 40,9 bilhões.
O resultado também foi inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
À época, o déficit foi de R$ 45,1 bilhões em termos nominais.
Em junho, o Tesouro Nacional e o Banco Central ficou superavitários em R$ 6,1 bilhões.
Já a Previdência Social (RGPS) apresentou déficit primário de R$ 44,9 bilhões.
Comparado a junho do ano passado, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 5,8% (R$ 8,8 bilhões) da receita líquida e de aumento real de 0,3% (R$ 657,5 milhões) das despesas totais.
Em relação às despesas, a Fazenda informou que, no comparativo com junho do ano passado, houve uma redução de R$ 7,1 bilhões nos pagamentos de Benefícios Previdenciários.
Oscilação é resultado da diferença nos calendários de pagamentos do 13º salário da previdência social entre os anos de 2023 e 2024.
O ministério disse ainda que as rubricas que mais contribuíram para o aumento das despesas foram as discricionárias e obrigatórias com controle de fluxo.
Ambas somaram juntas R$ 5,6 bilhões, em razão dos aumentos de ações na função Saúde (R$ 5 bilhões).
Também contribuíram para o aumento das despesas o pagamento de Benefícios de Prestação Continuada (BPC), na ordem de R$ 1,3 bilhão.
Balanço semestral
No acumulado do primeiro semestre, o Governo Central atingiu um déficit primário de R$ 68,7 bilhões.
No mesmo período, em 2023, a conta fechou em R$ 43,2 bilhões.
Em termos reais, no acumulado até junho, a receita líquida registrou aumento de 8,5% (+R$ 83,2 bilhões), enquanto a despesa cresceu 10,5% (+R$ 107,3 bilhões).
Segundo a Fazenda, o aumento das despesas no primeiro semestre do ano ocorreu, principalmente, em razão da elevação dos pagamentos de benefícios previdenciários, de R$ 40 bilhões.
Além disso, influenciou a conta o aumento do número de beneficiários e da política de valorização do salário-mínimo.
Outras contribuições importantes foram os crescimentos nas despesas discricionárias, de R$ 20,2 bilhões, e obrigatórias com Controle de Fluxo, de R$ 9,9 bilhões.
Incluem-se também os pagamentos do BPC, de R$ 8 bilhões e de Créditos Extraordinários de R$ 7,5 bilhões.
*Com informações da Agência Brasil.