Uma das principais vitrines do País, Fortaleza é, por isso mesmo, prioridade das grandes forças que atuam na Capital.
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Do PDT de Sarto ao PL de André; do PT de Evandro ao União Brasil de Wagner, além do Novo de Girão.
Isso já seria garantia de fortes emoções na campanha vindoura – começa no próximo dia 16.
Mas o contexto da briga pelo voto vai muito além disso.
Teremos uma duríssima batalha de narrativas políticas e eleitorais.
Numa das maiores convenções da história de Fortaleza, o PT, com a presença de Lula, sinalizou, neste final de emana, por onde a campanha do petista deve trilhar.
“Juntos, Fortaleza pode muito mais” será a grande aposta.
O mantra diz respeito ao alinhamento político entre os governo Elmano, Lula e a hipotética gestão Evandro.
É uma ideia-central pertinente.
O PT vai ter de enfrentar setores do eleitorado resistentes à ideia de entregar a um único partido o controle político dos palácios do Planalto, Abolição e do Bispo.
Ao adotarem “Juntos, Fortaleza pode muito mais”, apoiadores de Evandro querem fazer do limão uma limonada.
Outro possível efeito é a mitigação do lema “Fortaleza não pode parar” (Coluna 3/8), da chapa à reeleição Sarto-Élcio, que fala em movimento e ciclo de avanços na Cidade.
Mas isso e muito mais – inclusive, seguir num rumo que não seja nenhum dos dois acima – é a campanha e o eleitor que irão definir.
O amiguismo do presidente Lula
Numa certa altura do discurso pró-Evandro, neste final de semana, o presidente Lula disse:
“Quero que você tenha a oportunidade de ser prefeito com governador amigo e com presidente amigo”.
A declaração é um erro absurdo.
Politicamente, porque, ao dizer isso, o petista admite que a Presidência da República trata aliados e adversários de forma desigual.
Além disso, a ideia beira um crime, já que impessoalidade é um dos princípios constitucionais que tentam dar sentido à república deste pedaço do mundo chamado Brasil.