O PT afirmar que Fortaleza é prioridade nacional nas eleições municipais deste ano não é mera retórica.
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A Capital do Ceará está, efetivamente, no topo da agenda do partido.
É a quarta capital do País, maior economia do Nordeste e onde a sigla tem cabeça de chapa com potencial.
O município foi um dos poucos que o presidente Lula escolheu para visitar no período de convenções partidárias.
Além disso, Fortaleza, locomotiva de um estado governador pelo PT, é controlada por ferrenhos adversários.
Tudo somado, trata-se de uma questão de honra chegar ao Executivo Municipal.
É, portanto, para o PT, a maior aposta do pleito – e, como toda grande aposta, envolve altos riscos.
Os dados vão rolar.
No Estado
O PT vem forte nas eleições municipais deste ano no Ceará não somente nos maiores centros urbanos.
Em praticamente todas as médias e pequenas cidades, o partido de Lula, Camilo e Elmano também tem candidatura própria.
São raras as localidades onde petistas foram vetados em alianças com partidos adversários nos planos estadual e nacional.
Na região
Para além das divisas estaduais, o PT bate recorde de candidaturas a prefeito em todo o Nordeste.
São centenas de nomes na cabeça de chapa ou candidatos a vice.
A lógica é simples: com dificuldades políticas ou mal avaliado em outras regiões do País, o PT depende, cada vez mais, do eleitor nordestino.
As eleições de 2022 que o digam.
Hegemonismo ou competência?
Principal partido político brasileiro desta temporada democrática – ganhou cinco de nove eleições presidenciais -, o PT tem o pragmatismo como método.
No Ceará, são grandes as chances de a legenda chegar ou seguir à frente das principais gestões municipais.
Não raramente, opositores e até aliados apontam a sigla como “fominha”, como se diz no futebol.
Ou, numa linguagem mais técnica, com tendências ao hegemonismo político. Sem entrar no mérito, talvez seja somente competência política mesmo.