O governo da Nicarágua expulsou o embaixador do Brasil em Manágua, a capital do país centro-americano.
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Decisão ocorreu após diplomata Breno Dias da Costa não comparecer ao aniversário de 45 anos da Revolução Sandinista, no último dia 19 de julho.
Em reação à decisão de Daniel Ortega, o Itamaraty resolveu expulsar a chefe da Embaixada da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patricia Castro Matus.
Segundo Itamaraty, o embaixador Breno da Costa deixou a Nicarágua nesta quinta-feira, 8.
A decisão foi tomada tendo em vista o princípio da reciprocidade, que consiste em aplicar a outro país as mesmas regras aplicadas ao Brasil.
Saiba mais
O governo Ortega informou à diplomacia brasileira – há cerca de 15 dias – que cogitava expulsar o diplomata do país.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou ainda que isso não representa uma ruptura das relações diplomáticas.
Além disso, todos os serviços consultares prestados à população brasileira que vive na Nicarágua serão mantidos.
A relação entre os dois países vinha sendo desgastada desde que o presidente Lula tentou intermediar a libertação de um bispo que havia sido preso pelas autoridades nicaraguenses.
Lula informou, em julho deste ano, que Ortega não retornou aos pedidos dele para uma conversa.
O governo da Nicarágua vem sofrendo críticas de organizações de direitos humanos internacionais.
Alguns países acusam o presidente Daniel Ortega de reprimir a oposição e perseguir críticos com prisões arbitrárias.
A Nicarágua vem sofrendo ainda isolamento internacional, o que inclui sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.
*Com informações da Agência Brasil.