Um estudo da PwC Brasil apontou o potencial do Ceará para se tornar o principal polo brasileiro de produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono – o hidrogênio verde (H2V).
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O combustível tem potencial para “descarbonizar” diversos setores da indústria.
Um dos fatores de destaque é a posição geográfica favorável devido à maior proximidade com as rotas marítimas para a Europa.
Grandes empresas do mercado investiram em projetos de H2V no Porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante.
Além disso, há a disposição de recursos naturais para a produção do combustível a custo competitivo.
De acordo com Vandré Pereira, sócio de Tributos para o setor de Energia da PwC Brasil, caso a cadeia de produção se consolide, haverá inúmeros benefícios para geração de renda e impulso de negócios.
“Haverá um impulso em toda a cadeia de suprimentos, nos serviços em portos e logísticas, atraindo profissionais capacitados e a necessidade de investimentos em cursos, formações compatíveis, além da possibilidade de atrair novas indústrias que precisem descarbonizar suas operações”, destaca o gestor.
O Ceará concentra diversas parcerias públicas a privados para investimentos no combustível verde.
Atualmente, o Estado já possui 37 memorandos de entendimento com empresas nacionais e estrangeiras para a produção de H2V.
Dentre eles, seis já evoluíram para pré-contratos firmados com o Complexo do Pecém.
Demanda
Atualmente, a matriz elétrica brasileira é uma das mais limpas do mundo.
De acordo com estudo, somente o Nordeste é responsável pela produção de cerca de 80% da energia renovável do país.
Conforme o levantamento, até 2030, a demanda por hidrogênio crescerá a um ritmo moderado e constante.
O combustível deve ser aplicado em nicho nos setores industrial, de transporte, energia e aquecimento residencial e comercial.
O estudo da PwC Brasil aponta ainda que a infraestrutura de transporte e de armazenamento serão alguns dos desafios para o desenvolvimento do hidrogênio sustentável no país.