Entre tantos relatos biográficos marcantes de Sílvio Santos, pelo menos três têm aderência com a política.
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O empresário e apresentador de TV morreu neste sábado, aos 93 anos.
O fato mais relevante veio em 1989, na primeira eleição direta brasileira para a Presidência da República.
A operação era simples. Ele substituiria o então candidato Armando Correia, como candidato do então Partido Municipalista Brasileiro (PMB).
O fato de ele ser controlador de uma rede nacional de televisão, o SBT, o retirou da disputa. A lei eleitoral proíbe.
Nas impugnações apresentadas à candidatura, adversários também argumentaram supostas irregularidades na substituição dos candidatos do PMB.
Na prática, entretanto, teria pesado a alta popularidade do candidato. Ele chegou a pedir voto durante dez dias.
Pesquisas da época, registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontam que Sílvio chegou a 30% das intenções de voto.
Nessas referidas eleições, Fernando Collor de Melo (PRN) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram ao segundo turno. O alagoano venceu.
Prefeitura de São Paulo
Em 1988, então filiado ao PFL, Sílvio tentou a Prefeitura de São Paulo.
A pré-candidatura não vingou. Então vice-prefeito da cidade e controlador do PFL, Arthur Alves Pinto queria apoiar o candidato do PMDB.
Em 1988, venceu a então petista Luiza Erundina.
Quatro anos depois, em 1992, Sílvio Santos fez outra tentativa. Foi um desastre.
Sem apoio interno, a convenção que definiria a candidatura terminou em briga e Arnaldo Faria de Sá saiu candidato.
Nesse pleito, Paulo Maluf (PDS) venceu a disputa.