Divulgada nesta terça-feira (20), a mais recente rodada de intenções de voto para a Prefeitura de Fortaleza mostra o seguinte grid de largada:
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Capitão Wagner (União Brasil): 31,3%
José Sarto (PDT): 20,1%
André Fernandes (PL): 16,4%
Evandro Leitão (PT): 10,0%
Eduardo Girão (Novo): 4,8%
Zé Batista (PSTU): 0,6%
Técio Nunes (Psol): 0,5%
Chico Malta (PCB): 0,3%
George Lima (Solidariedade): 0,1%.
O levantamento do Paraná Pesquisas está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número CE-08667/2024.
O resultado acima é na modalidade estimulada. Ou seja, quando são apresentadas as opções ao público pesquisado.
Liderança isolada
Em linhas gerais, Wagner está na liderança isolada – fora da margem de erro, de 3,5 pontos percentuais (pp), para cima ou para baixo.
Em seguida, temos três empates técnicos: entre Sarto e André; entre André e Evandro, e entre Evandro e Girão.
Dica: você compara um índice com o outro, logo abaixo. Se der menos de 7,0 pp (3,5 pp x 2, para mais ou para menos), é empate.
Votando. A resiliência de Wagner pode ser explicada pelo alto recall do candidato. É a terceira disputa consecutiva dele.
Nesse tempo, o nome do União Brasil consolidou-se em todas as estratificações – gênero, faixa etária, escolaridade e renda.
Wagner é o mais estável entre todos os concorrentes, nesses quesitos, com índices muito próximos às intenções gerais de voto. Isso conta muito.
Sarto e a gestão
Sarto oscila, discretamente, dentro da margem de erro, apresentando sinais de leve recuperação, considerando-se as últimas cinco pesquisas, de janeiro até aqui.
A linha do tempo do pedetista, que o mostra rodando em torno de 20%, é, praticamente, a mesma que acompanha a aprovação/desaprovação da gestão municipal.
Isso pode indicar que a situação de Sarto está altamente dependente e atrelada à imagem da administração que lidera.
Fator André
Abaixo de dois dígitos, em janeiro, André vem numa crescente, desde então – saiu de 9,1% para 16,4%.
Para quem endossa a tese de que André tira votos de Wagner: do início do ano para cá, o candidato do PL cresceu 7,3 pp, enquanto Wagner derreteu 7,2 pp.
Ou seja: embora com índices semelhantes na estratificação dos votantes, Wagner não está tão estável quanto gostaria.
Uma boa aposta seria dizer que o desempenho geral de Wagner vai depender da evolução – ou não – do ex-aliado André.
Evandro e os companheiros
No mesmo período, Evandro oscilou de 6,5% 10,0%. A evolução pode estar relacionada ao aumento de conhecimento do nome do candidato, assim como a força de seus padrinhos.
A saber: o presidente Lula, o governador Elmano de Freitas e o senador Camilo Santana – os três do PT, partido de Evandro.
Mas aqui há um porém, provavelmente o mais relevante para o candidato do PT.
De acordo com a Paraná Pesquisas, a aprovação de Elmano caiu 7,6 pp, enquanto a desaprovação oscilou 6,7 pp para cima.
Em janeiro, a diferença entre os que aprovam e os que desaprovam o petista era de
16,8 pp. Hoje, esse intervalo é de 2,5 pp.
Padrinho dos padrinhos
A situação de Lula, padrinho dos padrinhos, chama um pouco mais a atenção.
Em janeiro, o presidente era aprovado por 59,5% dos eleitores de Fortaleza, contra 37,4% que o desaprovavam.
Hoje, a aprovação/desaprovação de Lula na Cidade é 49,5% e 47,0%, respectivamente.
A diferença caiu de 22,1 pp entre os dois polos, para 2,5 pp – um tombo de 19,6%.
Talvez esteja aí, inclusive, parte da explicação para o crescimento do embaixador do bolsonarismo em Fortaleza, André Fernandes de Moura.
Mas alguns diriam: “Mas a campanha está só no começo”.
Ah, isso todo mundo já sabe.