Pelo andar da carruagem, é muito pouco provável que tenhamos, num cada vez mais provável segundo turno, em Fortaleza, dois nomes da centro-esquerda ou dois da centro-direita na segunda rodada de votação.
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Pelo que dizem os búzios analíticos, o mais razoável é que irá José Sarto (PDT) ou Evandro Leitão (PT), por um lado, e Capitão Wagner ou André Fernandes, pelo outro.
Há até pouco mais de dois anos, o PDT de Sarto e o PT de Evandro eram aliados. Brigaram feio e se divorciaram, na versão barulhenta.
Todos sabem o restante da história.
Mais recentemente, Wagner e André resolveram seguir caminhos diferentes, depois de pelo menos duas campanhas dividindo o mesmo microfone em disputas majoritárias.
Mas cá estamos, com os quatro candidatos a prefeito da Capital, cada um com seus pesos e medidas, com chances reais de ser prefeito de Fortaleza a partir de janeiro de 2025.
Política se faz com grupo coeso, projeto de poder e, no meio do caminho, decisões difíceis. Algumas escolhas catapultam carreiras; outras, enterram.
É o caso deste 2024, quando temos quatro ex-aliados disputando voto, numa das eleições mais imprevisíveis dos últimos tempos.
Mas algo já está certo: alguns serão punidos e se arrependerão por terem rompido, politicamente, com o ex-aliado e futuro prefeito.
Entre a pedra no pescoço e muitos balões na mão
É muito dura a expressão “de jeito nenhum” no final da pergunta sobre quem o eleitor não votaria para prefeito de Fortaleza.
É o famoso e famigerado índice de rejeição.
Pesadelo para dez entre dez candidatos, a repulsa eleitoral é uma espécie de pedra no pescoço do concorrente.
Ou ele se livra ou afunda. Não tem jeito.
Já a intenção de voto é o sorriso que todos querem receber.
É a metáfora de muitos balões na mão, puxando para cima.
Basta sorrir de volta.