Política é um jogo, no qual a maioria dos candidatos sempre perde. Vejamos o caso de Fortaleza.
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Dos quatro mais competitivos – em ordem alfabética, André, Evandro, Sarto e Wagner – três serão derrotados.
O gosto amargo, no entanto, será diferente para cada um. Vamos lá.
André sai no lucro
O candidato do PL, André Fernandes, não terá do que reclamar, caso perca a eleição para prefeito de Fortaleza.
Há seis meses, o deputado federal bolsonarista sequer era cogitado para disputar o Paço Municipal.
Do quarteto, é a novidade.
Agora, corre o bom risco de, mesmo não chegando lá, consolidar a liderança da direita no Ceará.
Dando certo, André ganha tudo; dando errado, ele perde pouco ou quase nada
Evandro é consolado
O candidato do PT, Evandro Leitão, apresenta-se como representante do projeto do maior grupo político em atuação no Ceará.
Pinçado do PDT para disputar pelo PT, Evandro tem respaldo de Camilo, Lula e Elmano.
Além disso, o deputado estadual preside um dos poderes do Estado – a Assembleia Legislativa.
Não chegando à Prefeitura de Fortaleza, o petista, auditor da Sefaz, tem grandes chances de ir para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Para lembrar: há uma cadeira de conselheiro desocupada na Corte de Contas.
Wagner afunda
Na pré-campanha deste ano, Capitão Wagner (UB), disse que “esta é a campanha da minha vida”.
Procede. Wagner está na terceira disputa consecutiva para prefeito. Perdeu duas.
Os adversários dele contam quatro derrotas – incluem 2022, para o governo do Estado.
Perdendo mais uma, Wagner reunirá todos os requisitos para também perder relevância.
Ele vem caindo nas intenções de voto.
Desidratação mata – inclusive, politicamente.
Sarto se aposenta
Prefeito e candidato à reeleição, Jose Sarto (PDT) representa a esperança de sobrevida ao grupo político dele.
O pedetista tem 65 anos de idade, mais da metade dos quais na política.
Se derrotado, Sarto será o primeiro gestor da Capital a não conseguir mais quatro anos de mandato.
O resultado poderá flertar com o pijama político.
E, de quebra, lançar o PDT nas imprevisíveis e turvas águas da derrota.