

O prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição, José Sarto (PDT), fez boas entregas e tem experiência para repactuar avanços para a Cidade.
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Então, por que o pedetista está com dificuldades para se manter competitivo, nesta quase reta final de campanha eleitoral?
A resposta é múltipla, sendo a comunicação o elemento central.

Em pelo menos três situações, a candidatura à reeleição foi sugada para o campo dos adversários. Isso é fatal em qualquer debate.
Está nos manuais: definir a pauta e impor a narrativa, forçando o oponente a entrar na defensiva, no canto do ringue, é o primeiro passo para se levar a melhor contra oponentes.
Está sendo assim no alegado sumiço do prefeito, que teve de recorrer à pandemia; está sendo assim sobre a taxa do lixo, tendo Sarto de se apegar ao argumento da isenção; está sendo assim em relação à crítica de que a gestão atual só investe em bairros nobres.
Esta última pode ter sido a pior das armadilhas.
Para falar, diretamente, com os rincões da periferia, Sarto criou um personagem popular – de efeito duvidoso, considerando-se a liturgia do cargo que ocupa.
Com tantas trincheiras léxicas, atacado por todos, pouco espaço no rádio/TV e alcance limitado nas redes, Sarto não consegue prestar contas do que fez, projetar mais quatro anos e muito menos contra-atacar adversários à altura.