Embora muito acirrada e com desfecho absolutamente incerto, a disputa eleitoral em Fortaleza deste 2024 pode ser vista como conservadora.
Siga o Poder News no Instagram.
Vejamos a nota de corte entre os concorrentes mais competitivos – na ordem alfabética, André Fernandes (PL), Capitão Wagner (UB), Evandro Leitão (PT) e José Sarto (PDT).
Desde a pré-campanha até aqui, todos os quatro mantiveram, basicamente, a mesma tendência na movimentação dos gráficos das pesquisas de intenção de voto.
Não houve nenhuma reviravolta.
André e Evandro cresceram, sucessivamente, e Wagner e Sarto perderam peso, continuamente.
No máximo, no caso do prefeito e candidato à reeleição, houve oscilações.
Tanto isso é verdade que os agregadores de pesquisa já indicam que os candidatos do PL e PT podem ir ao segundo turno.
Aqui chegamos ao grande risco para Wagner e Sarto.
Sem graves fatos novíssimos, que justifiquem reviravoltas, a tendência, pelo conservadorismo dos números, a que nos referimos acima, é os índices irem se consolidando nesta reta final.
Eis o imenso desafio para os prefeituráveis do PDT e UB.
Os dois precisam se agarrar, com unhas e dentes, a qualquer possibilidade que possa alterar a linha do tempo das pesquisas.
Indecisos
A menos de dez dias da votação de 6 de outubro, mais de 40% dos eleitores de Fortaleza ainda estão indecisos.
Quase a mesma taxa sequer sabe o número dos candidatos a prefeito.
Podem estar nestes índices as chances para os prefeituráveis.
Tanto para ampliar eventuais vantagens sobre adversários quanto para correr atrás e manter-se vivo na competição.
Rejeição
Pesadelo de qualquer político, rejeição é, por óbvio, fator determinante para tetos eleitorais baixos.
Isso serve para os dois turnos.
Particularmente, para o primeiro, cujo filtro é eliminatório.
No segundo, no mano a mano, muitos outros fatores entram na contabilidade do voto.
Que o diga 2022, em que a polarização Lula-Bolsonaro elevou a rejeição de ambos.