No cair da noite do próximo domingo (27)saberemos quem será o prefeito de Fortaleza, a partir de janeiro de 2025.
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Tecnicamente empatados, André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) disputam coração a coração, mente a mente, voto a voto.
Dividida, a quarta maior capital do País está, por assim dizer, em uma bifurcação política: à esquerda ou à direita?
A campanha eleitoral expôs, até aqui, o que cada candidato tem de melhor e pior, com seus méritos, defeitos, passados e companhias.
É quase inexistente a margem para erros e vacilos.
A vitória ou a derrota pode estar a distância de um fato novo ou declaração desastrosa.
Visivelmente cansados, André e Evandro não conseguem mais render quase nada, para além do que já foi dito e muito repetido.
A semana será de tensão máxima.
Não será surpresa, inclusive, se vier à tona algo para tentar desestabilizar um ou outro.
Mas a caixa de ferramentas já foi quase toda usada.
O que, talvez, ainda precise ser captado é o impacto dos apoios de lado a lado.
Fora isso, teremos outros três pontos: muitas pesquisas, alguns debates e, infelizmente, presença de dinheiro às vésperas da votação.
Está em jogo muito mais do que a Prefeitura da Capital
Corre a máxima de que a próxima eleição começa quando o último voto é apurado.
Será, exatamente, assim, no próximo domingo (27).
Dependendo de quem seja o prefeito eleito, nada será como antes.
Se der André, já há até especulações de quem seriam os candidatos, pelo grupo dele, para o governo do Estado e o Senado, em 2026.
Se der Evandro, a sucessão estadual governista será facilitada. Mas muito terá de ser ajustado, nos próximos dois anos.
Ao PT, falta militância orgânica
O poder desgasta, cansa e acomoda.
O PT, provavelmente como nenhum outro partido desta safra democrática brasileira, sabe bem do que estamos falando.
É difícil imaginar que a militância, da velha ou nova geração, tenha a mesma disposição de ocupar praças e avenidas, como outrora.
Muitos em cargos comissionados, no máximo vão até o cruzamento mais próximo de sua repartição ou ao comitê do candidato.
Veem, são vistos, registram nas redes e vão embora.
Numa campanha como esta, militância orgânica é tudo.
Comunicação
Independentemente do resultado eleitoral, a candidatura de André Fernandes (PL) é a que mais acerta nesta disputa eleitoral.
Particularmente, na comunicação.
Quando esse eixo essencial funciona, fica muito mais fácil construir perfil e entregar ideias ao grande público.
Basta saber usar os elementos corretos e calibrar adequadamente.
Do Interior
Está previsto para os próximos dias um grande movimento de apoiadores de Evandro Leitão (PT), a partir de prefeituras aliadas ao governo do Estado.
A ideia é mostrar volume de campanha na reta finalíssima, para injetar ânimo na militância.
O último evento expressivo do tipo aconteceu na eleição de Roberto Cláudio, em 2012.
Deu certo.