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Gastar mais ou fazer cortes: a encruzilhada do governo Lula

Poder News 9 de novembro de 2024
Petista precisa decidir se reduz gastos ou abre mais as torneiras / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Daqui a pouco, na virada de 2024 para 2025, começa a segunda metade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Se as eleições municipais deste ano foram uma prévia para 2026, no próximo, a pauta da sucessão estará, definitivamente, nas mesas políticas.

De olho na própria reeleição ou esforço para fazer o sucessor, governos, em geral, sempre rodam a torneira de dinheiro no sentido anti-horário.

Foi assim com Dilma Rousseff. Foi assim com Jair Bolsonaro. Foi assim nos governos anteriores de Lula.

O problema é que, além de não poder gastar mais, o atual governo do PT terá de fazer drásticos cortes em despesas orçamentárias.

Eis a encruzilhada do governo Lula, que poderá dar o tom do que será a força petista em 2026.

Readequações
É urgente o governo Lula fazer readequações, com base no arcabouço fiscal.

É um desafio político gigantesco, mas necessário, sob pena de as contas públicas serem desenquadradas do arcabouço fiscal.

Sem isso – além das implicações políticas e legais -, o endividamento do País não será realinhado para redução do déficit público.

Grosso modo, quanto mais o governo ficar endividado, menos sobrará recursos para investimentos. Seguir nessa linha é contratar crises futuras.

Ninguém quer ceder
Fernando Haddad (Fazenda, PT) vem comprando brigas com vários colegas de Esplanada, para promover cortes.

Ninguém quer ceder. Cada um olha para o próprio umbigo e futuro político. Todos querem estar bem na foto em 2026.

E como um governo que precisa cortar na própria carne consegue chegar popular em períodos eleitorais?

É praticamente impossível – aqui e nos Estados Unidos, onde a eleição de Donald Trump (R) foi atribuída, em parte, a percepções negativas da economia.

Exemplos de corte
Desoneração da folha: o Executivo tentar reduzir a lista de 17 setores da economia beneficiados.

Emendas parlamentares: Planalto tenta cortar algo dos R$ 53 bilhões que Congresso quer distribuir para deputados e senadores.

Salário Mínimo: alteração no ritmo de crescimento – atualmente, é baseado na reposição da inflação mais aumento do PIB.

BPC: mais rigor a concessão do Benefício de Prestação Continuada. Hoje, decisões judiciais atropelam critérios técnicos.

Saúde e educação: as conversas ainda estão acontecendo, mas é certo que a tesoura vai passar pelas duas multibilionárias pastas.

Aí são somente alguns pontos, mas o suficiente para vislumbrar o potencial de desgaste político e popular para Lula e seu entorno.

E isso é tudo de que um governo populista não precisa, às portas de um processo eleitoral.

Mas tudo ainda está em negociação. Vamos aguardar as festas de virada de ano.

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