

O PT do governador Elmano de Freitas e do ministro Camilo Santana retirou a pré-candidatura do deputado Fernando Santana (PT) à presidência da Assembleia Legislativa (Alece).
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O recuo, ocorrido na noite desta sexta-feira (22), é o desfecho de negociações com o senador Cid Gomes (PSB).
O ex-governador não aceitou o PT ocupar todos os princiais espaços de poder no Estado. A saber:
O partido do presidente Lula comanda o governo do Ceará e, a partir de janeiro de 2025, a Prefeitura de Fortaleza.
Anatomia de uma decisão
Conforme antecipado aqui na última quarta-feira (20), o nome de Fernando estava perdendo força.

Com o título “Alece: Fernando perde fôlego, mas problema não foi ele” (imagem acima), o texto afirma que “com a virada de mesa de Cid – relativizada, depois, pelo próprio senador -, Fernando pode ter perdido força”.
Até então, a leitura do cenário era a seguinte:
No dia anterior, terça-feira (19), deputados da base palaciana interlocutores da Coluna, impactados com a decisão de Cid, não exibiam mais tanta convicção sobre o nome de Fernando.
No plenário da Alece, onde este colunista esteve, captou-se, numa baixa frequência, que outros nomes já estariam circulando nos corredoes do Poder.
Na noite da mesma terça, Cid reuniu-se com o PSB, onde repassou a situação a colegas do partido.
Na saída, deixou a questão em aberto, com um sonoro “não tem nada decidido” e falou em ritos que precisariam ser cumpridos e aguardados.
Foi a senha para negociações que estavam em curso.
Em paralelo, próceres petistas minimizavam a crise e diziam que o impasse estava sendo superado. Reuniões, telefonemas e consultas se intensificaram.
Resumo da história que pautou a semana por aqui: a retirada da pré-candidatura de Fernando era questão de dias ou horas – o que veio a acontecer, na noite desta sexta-feira (22).
Guerra e paz
No último final de semana, o ex-governador chegou a se pintar para a guerra contra o Palácio da Abolição. Ele disse a Elmano, pessoalmente, que estava fora do projeto.
A informação foi dada em primeira mão no Grupo Otimista, em texto assinado por este colunista.
Nesta sexta, diante da retirada de Fernando, Cid acendeu o cachimbo da paz, após demonstrar força política – surpreendente, para alguns.
Próximos capítulos
Mas isso é apenas um capítulo da temporada.
A série está longe do fim.
Teremos o substituto de Fernando – são citados Romeu Aldigueri e Guilherme Landim (dois pedetistas), de uma lista com outras opções.
Aldigueri é líder e seria indicado por Elmano; Landim agradaria a Cid.
E, atenção: como isso mexe com a indicação do nome para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Nos últimos dias, fontes relataram à Coluna que a pré-candidatura de Fernando não era para valer.
Seria uma espécie de “bode na sala” – planta-se, como margem de negociação, para retirá-lo em seguida.
Bom final de semana a todos.