

Surpreendeu ninguém o anúncio de apoio do deputado Fernando Santana (PT) à pré-candidatura de Romeu Aldigueri (PDT) para presidir a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
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O primeiro é ligado ao ministro Camilo Santana (Educação, PT); o segundo é líder do governo Elmano de Freitas na Casa. Camilo e Elmano são aliadíssimos.
O que poderia impedir a imagem, desta terça-feira (26), do petista Fernando, falando da tribuna da Alece, levantando a mão do pedetista Romeu?
Pelo contrário. As palavras de Fernando e os gestos dos dois faziam-se necessários.
A base de Elmano no Legislativo segue forte.
O susto pregado pelo senador Cid Gomes (PSB) já passou. Essa é a mensagem que a cena quis difundir.
O jogo do poder não é jogado somente com discricionariedade, batidas na mesa, pressão, chantagens e achaques.
O teatro – daí conceitos muitos conhecidos no meio político, como cenários, ensaios, holofotes e bastidores –, faz parte do ritual. É o que ilustra o espetáculo.
Voltando ao apoio de Fernando a Romeu.
O hoje vice-presidente vai ajudar Romeu a aparar eventuais arestas do pedetista entre colegas de plenário.
No final do dia, é isso o que importa.
Mesa da Assembleia será eclética

Uma importante imagem circulou, de ontem para hoje, no contexto da decisão sobre o novo comando da Assembleia Legislativa do Ceará: o pré-candidato Romeu Aldigueri (PDT), nome apoiado pelo Palácio da Abolição, reuniu-se com a maioria dos deputados de oposição.
Na pauta, a costura de uma chapa à Mesa Diretora única, eclética e participativa. Estiveram no encontro sete parlamentares: Queiroz Filho, Antonio Henrique, Cláudio Pinho e Lucinildo Frota (os quatro do PDT), Felipe Mota (União Brasil), Dra. Silvana (PL) e Emília Pessoa (PSDB).
A cena, somada às articulações na base aliada, significa que, salvo outra reviravolta, Romeu será o próximo presidente da Alece.
A primeira crise a gente nunca esquece

Assim como na vida, alguns causos na política devem ser superados, mas é bom anotar.
Qual e de que grupo partirá a próxima crise na base do governo Elmano de Freitas?
Como o núcleo duro do Palácio da Abolição vai reagir?
O episódio envolvendo alguns dos maiores líderes do Ceará em torno do comando da Alece diz muito da solidez – ou fragilidade –, da base aliada.
As eleições de 2026 são logo ali. O que dá para esquecer e o que foi anotado?