Na última quarta-feira (4), aqui foram largamente expostos fatores de risco que poderão levar as próximas gestões municipais a sofrer forte aperto financeiro. Íntegra aqui: bit.ly/3DcLHUX
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Em se confirmando o cenário de vacas magras, a aguardada euforia de início de mandato será substituída por cortes e reduções de custos.
Isso vale para prefeitos e prefeitas reeleitos que terão de economizar nas entregas que já vinham sendo feitas; isso vale para novatos, que terão de segurar a ansiedade para mostrar resultados.
No caso dos reeleitos, a experiência na própria administração permitirá rearranjos que poderão mitigar a crise financeira.
Eles terão pouco espaço para reclamar, já que receberam os governos locais deles mesmos.
A incógnita será os prefeitos de primeira viagem. Como se sabe, em campanhas eleitorais, a criatividade para prometer não tem limite. Papel aceita tudo.
Com muito a entregar e pouco a gastar, alguns futuros chefes de Executivo Municipal não hesitarão em apontar o dedo para a gestão anterior.
É o mais fácil e cômodo. É um clichê.
O problema é que um ano passa rapidinho. Apostar somente na suposta herança maldita e não tentar fazer o quê para o qual foi eleito pode ser um início ruim.
Evandro terá de enxugar
As condições macroeconômicas do País apontam para aperto financeiro nas contas públicas, no próximo ano. Vide pacote do ministro Haddad.
Isso e a radiografia pouco animadora, segundo admite o entorno dos trabalhos de transição, podem levar o próximo prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), a apertar o cinto.
Revisar fluxos, enxugar folhas, cortar terceirizados e mesmo rediscutir contratos podem ir à mesa.
Eleitos chegam com muito capital político. É o momento de medidas amargas. Depois é depois.