

A pergunta acima frequenta cada vez mais o ambiente político de Fortaleza, na medida em que se aproxima o dia 1º de janeiro de 2025.
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A data foi citada inúmeras vezes pelo hoje prefeito eleito e diplomado, Evandro Leitão (PT), na pré e na campanha do então candidato do PT à sucessão de José Sarto (PDT).
Num dos atos mais controversas do atual governo, o prefeito pedetista fez aprovar, na Câmara Municipal, a famigerada cobrança.
Percebendo a queimação eleitoral de Sarto, Evando e o PT foram na contramão.
O petista prometeu, em todas as oportunidades, que o primeiro ato como prefeito seria exinguir a taxa. Em paralelo, dizia que limparia a Cidade.
Falta dinheiro
Ocorre que a campanha eleitoral passou, Evandro foi eleito e a transição está nos finalmente.
Transição essa que, sempre segundo o grupo que está chegando à administração da Capital, estaria longe do ideal.
Estaria faltando informações de qualidade e dinheiro, muito dinheiro.
Eis o ponto. A gestão Sarto estaria inadimplente com fornecedores, com alguns serviços já colapsados – caso da saúde.
Até aqui, não há clareza suficiente nos números da Prefeitura de Fortaleza sobre o caixa do Município.
A prevalecer o que dizem os eleitos, a próxima gestão terá sérios problemas financeiros.
Seria, então, o caso de o próximo prefeito abrir mão dos estimados R$ 160 milhões advindos da taxa do lixo?
Com que dinheiro Evandro pagaria para mandar limpar a Cidade, se o lençol já está generalizadamente curto?
A resposta não é fácil. Nunca foi. Se o fosse, Sarto teria cedido às pressões pela não cobrança.
Simpatia e compromisso
Houve, claramente, na campanha, uma estratégia política de simpatia pela extinção da taxa.
Agora, claramente, no governo, haverá uma decisão difícil, cujo impasse é, basicamente, o seguinte:
Evandro vai honrar o compromisso de campanha e enviar aos vereadores projeto solicitando o fim da cobrança?
Ou Evandro vai propor um pacto com a Cidade – pelo menos, por um prazo determinado – para seguir cobrando, até a situação melhorar?
Em ambos os lados há opiniões divididas.
Tem gente da atual gestão torcendo para Evandro continuar cobrando, para engatar o conhecido discurso do estelionato eleitoral – prometeu e não cumpriu.
E tem gente da futura gestão defendendo que Evando siga cobrando a taxa – por uma questão de responsabilidade orçamentária com as demandas de Fortaleza.
Vamos aguardar. Por enquanto, nessa montanha de lixo e dúvidas, há somente uma certeza.
Assim como na comunicação, na política importa o que dizemos ou fazemos – mas importa mais ainda o que os outros entendem ou percebem.
Boa semana!