Na última década, o processo de registro mercantil no estado do Ceará passou por uma revolução tecnológica, liderada por iniciativas como o Sistema de Registro Mercantil (SRM).
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Desenvolvido originalmente pelo estado de Minas Gerais e adaptado ao Ceará pela Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), por meio de um processo licitatório da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), o SRM é um sistema público que trouxe modernização, eficiência e segurança jurídica ao setor.
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As juntas comerciais, órgãos responsáveis pelo registro da vida empresarial, enfrentavam um obstáculo tecnológico: o sistema Siarco, concebido pelo extinto Departamento Nacional de Registro e Comércio (DNRC), havia se tornado obsoleto para os tempos modernos e sem manutenção. “Mesmo com analistas capacitados, a falta de uma boa ferramenta tecnológica impedia a agilidade necessária”, afirma Laura Teixeira, gerente de execução operacional da Jucec.
A transição para o SRM foi mais do que uma simples troca de sistemas. Ela representou uma mudança de paradigmas e uma revolução cultural dentro da Jucec. Por se tratar de um órgão centenário, até não muito tempo atrás, fazer a abertura de uma empresa significava enfrentar uma grande burocracia.
“Antes do protocolo, era necessário fazer uma guia de recolhimento de taxas no banco, e na parte interna do prédio antigo da Jucec, havia até um banco; você precisava ir para a fila do banco, saía, ia para a fila do protocolo, e o processo subia pelo elevador no montacargas, para então, no 1º andar, os analistas receberem o documento, que ainda necessitava de um selo físico”, conta o presidente da Jucec, Eduardo Jereissati.
Hoje, a digitalização dos processos e a criação do SRM eliminou essas etapas, reduzindo significativamente o tempo e custo envolvidos no registro mercantil.