

Poucas vezes, nos últimos meses e anos, o debate político nas redes e grupos foram tão intensos como nos últimos dias, em função da volta de Donald Trump (R) ao poder, nos Estados Unidos.
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Especificamente, no Brasil, fazem uma mistureba entre o receituário do novo presidente americano, de repercussão global, ao já conflagrado cenário político nacional.
Sem nenhum tipo de parâmetro ou critério, grupos e subgrupos, da direita ensandecida à esquerda raivosa, estapeiam-se, virtualmente – de temas genéricos a detalhes insignificantes.
E o Brasil com isso? Pois bem. Do ponto de vista do governo Lula, o presidente vem se esforçando para montar uma agenda positiva, que dê alguma luz a este desafiante 2025.
Só que não. Enquanto o Planalto se esforça para melhorar a articulação política, fazer mais entregas e alinhar a comunicação, seus apoiadores estão se engalfinhando com trumpistas tropicais.
Alguém aí ficou sabendo que Lula conduziu uma reunião ministerial nesta segunda-feira (20). Provavelmente, estava muito ocupado para isso. Mordeu a isca.
Desde sempre, a farra da volta de Trump ao poder é da direita e extrema-direita brasileiras. Eles não têm um governo federal para pilotar. A continuar como está, o presidente Lula vai pagar essa conta.
A polêmica publicação do Ministério Público do Estado

Ficou tensa a relação institucional entre a Assembleia Legislativa e o Ministério Público do Estado (MPE) em torno da divulgação genérica de um suposto esquema de rachadinha e agiotagem, envolvendo um membro do Poder Legislativo.
Não se faz isso, MPE. Ou se tem elementos suficientes para se montar um caso, consistente, com provas e/ou indícios, ou se abstém-se de fazer divulgações do tipo. Os outros 45 parlamentares não merecem o que aconteceu.
Direito que instituições não têm
Em tempos de informação na velocidade da luz, caça-clique e outras artimanhas digitais, publicações como as feitas pelo MPCE, jogando deputados estaduais cearenses na suspeição de agiotagem e rachadinha, devem ser evitadas a todo custo.
Estamos na era em que pessoas estão se comportando como marcas – e marcas se comportando como pessoas.
Às instituições, porém, não é concedido tal direito. Por quê? Simples. Porque é a elas a que todos recorrem, quando se sentem atingidos nos seus mais variados direitos.
Transição
É mais do que necessário que venham a público relatórios oficiais sobre a situação real e atual das prefeituras cearenses.
É muito pouco o disse-me-disse impreciso sobre como estariam os cofres públicos de algumas prefeituras municipais.
Até para que se tenha consequências – para quem está apontando ou para os possíveis culpados.
Desmonte
Mesmo com a situação de algumas prefeituras mais no nível da fala de alguns gestores do que da prova, acreditem, já foi muito pior.
No início dos anos 2000, dezenas de gestões locais foram escaneadas pelo Ministério Público Estadual, na virada de administrações.
Em um ano extremo, a Assembleia Legislativa instaurou a famosa CPI do Desmonte.
De embrião a grande articulação

Os prefeitos Evandro Leitão (Fortaleza, PT) e Naumi Amorim (Caucaia, PSD) reuniram-se nos últimos dias. Pauta: construir cronograma de atividades administrativas comuns às duas gestões.
O petista também esteve com Roberto Pessoa (Maracanaú, União Brasil).
Ambos alinharam parceria, envolvendo educação superior, saúde e uma instituição de ensino privada. Há bons sinais nesses dois encontros.
A Capital é o epicentro de muitos gargalos; Caucaia é o segundo mais populoso município do Ceará; Maracanaú é o mais industrializado.
Que tal ousar com debates estratégicos, para pensar a Região Metropolitana de Fortaleza? Segurança, saúde e economia seriam alguns dos pontos.