A relação da economia com a política é tão velha quanto o bicho homem. Uma sempre está em função da outra.
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Em qualquer tempo e lugar, sempre foi assim: quando a primeira vai mal, a segunda fica no prejuízo.
O problema atinge todos – da cúpula à base da pirâmide. A única diferença é a forma como cada estamento reage.
Os ricos e super-ricos se protegem; os remediados apertam o cinto; os desvalidos perdem o pouco que têm. Passam fome.
“Graças ao governo, hoje só frequento lugares caros: supermercado, farmácia, posto de gasolina…”
É por aí assim que as redes já dão o tom da potencial crise de carestia.
Em democracias, o consumidor/eleitor costuma rebelar-se contra os governantes do momento.
É para as gestões públicas para onde ele olha, com ar de reprovação.
Ninguém sabe qual a extensão do aumento de preços nos alimentos.
O que se tem, até agora, é que estão cada vez mais salgados, com tendência a ficarem amargos.
Tudo somado, 2025 poderá ser um ano muito mais desafiador do que os atuais governos projetaram, inicialmente.
No pior dos mundos, pode não haver meio termo: ou os políticos mudam a situação ou serão mudados.
Para 2026, isso ainda não está precificado e a conta a ser paga poderá vir muito acima da tabela.
Com Júnior Mano para Senado, PSB libera vaga de vice
É tranquila a tese de que ao PSB de Cid Gomes cabe uma vaga na chapa majoritária governista em 2026.
Ao lançar o deputado federal Júnior Mano (PSB) para o Senado, o ex-governador praticamente adianta que seu partido não indicará nome a vice-governador.
Na prática, significa dizer que se o PT lançar Elmano de Freitas à reeleição e José Guimarães ao Senado, a vaga de vice ficará entre o MDB de Eunício Oliveira e o PSD de Domingos Filho. Será?
Carnaval requer planejamento
O ciclo carnavalesco de Fortaleza está consolidado. Não se chegou aqui à toa.
Lá atrás, houve visão estratégica, para tentar segurar os foliões na Cidade pelo menos nos finais de semana que antecedem o período oficial.
Deu certo. Agora, olhando mais para a frente, a Prefeitura de Fortaleza precisa divulgar com o máximo de antecedência a programação oficial.
Principalmente, dos quatro dias do Reinado de Momo.
Por uma razão simples: quem pensa em viajar o faz com meses de planejamento aéreo, financeiro etc.
Sabendo das atrações, o folião escolherá viajar ou não.
Legislativo
Está no caminho certo o novo presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Romeu Aldigueri (PSB), ao querer fazer uma reestruturação administrativa no Poder.
Novas demandas, novas tecnologias e novos talentos precisam andar juntos, para a construção de um Parlamento do futuro. De preferência, com austeridade e transparência.
Executivo
O governador Elmano de Freitas (PT) gabarita a prova de comunicação, ao reunir 78 jovens estudantes de escolas públicas que passaram em medicina.
O reconhecimento público do Estado aos feitos, que certamente mudarão histórias de vida e de famílias inteiras, reforça o sentimento de gratidão e valoriza, ainda mais, a vencedora educação cearense.
2026 e os movimentos da direita
É óbvio que não dá para dizer que os três eventos a seguir fazem parte de algum plano articulado, mas vejamos.
Deputados protocolaram na Câmara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a implantação do semiparlamentarismo no Brasil, a partir de 2030.
O presidente da Casa, Hugo Mota (Republicanos-PB) disse à imprensa que não houve tentativa de golpe no 8 de Janeiro.
No máximo, afirmou,foi “vandalismo” e “baderna”; o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vem a público defender a revogação da Lei da Ficha Limpa.
Inelegível, o líder de direita quer a redução da pena de oito para dois anos.
Ou seja, ele poderia se candidatar em 2026. Para muitos, a possibilidade não é tão remota assim.
