

Há uma tempestade política se formando no horizonte e indo direto para a oposição ao governo do Estado. No epicentro está o debate sobre investimentos e dívidas.
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No primeiro caso, trata-se dos R$ 3,9 bilhões que o governo Elmano de Freitas (PT) declara investir no Ceará; do outro, a dívida da Prefeitura de Fortaleza, que a gestão Evandro Leitão (PT) afirma ser de R$ 4 bilhões.
O Palácio da Abolição destaca que o Estado bate recordes em injeção de recursos públicos em projetos, com nota A no Tesouro Nacional na capacidade de pagamento.
Na outra ponta, a última gestão do Município de Fortaleza foi a pior da história da Cidade, com nota C de ineficiência fiscal, segundo o que ecoa nas vozes palacianas.
Sem entrar no mérito dos números destacados pelas duas gestões petistas aliadas – cuja extensão chega à Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de Fortaleza –, essa pode ser a grande aposta dos Palácio da Abolição e do Bispo.
Há imensas dificuldades para a oposição se contrapor à dualidade investimentos/dívidas entre Estado/PMF, respectivamente.
Enquanto isso, existe muita facilidade em estabelecer diferenças entre o grupo que geriu a Prefeitura de Fortaleza, até 2024, e o que está e pretende seguir à frente do governo do Estado, a partir de 2027.
Dívidas da PMF podem ser os “pés-de-barro” da oposição

A oposição ao governo do Estado costuma questioná-lo sobre empréstimos, planejamento e prioridades etc. No fundo, é sobre gestão.
Acontece que a transição entre os governos Sarto-Evandro ficou muito a desejar e paira no ar muitas e sérias suposições sobre problemas financeiros herdados pela atual administração. Ninguém ainda respondeu à altura.
Enquanto isso não acontece, a dica: em casa de enforcado não se deve falar em corda.
A história é dos vencedores
Quem vence uma guerra ganha o direito de narrar as batalhas. E, em cima dessas narrativas, arrastar para si os mais variados tipos de espólio. Na política, idem.
Não que seja aniquilado, por completo, o espaço à fala e versões dos derrotados.
Mas houve uma disputa de projetos, debates e um processo de escolha. A maioria venceu. Gostemos ou não, essa é a regra.
E assim está sendo com os governos Trump e Lula e serve, igualmente, para os contextos estaduais e locais do jogo do poder.
Aos que discordam: aguardem os próximos calendários da Justiça Eleitoral.
Três observações sobre a oposição

A oposição aqui e alhures não terá vida fácil no próximo ano e meio. Pelos menos três fatores indicam isso.
1 – Histórico estatístico: são acachapantes os índices de reeleição – presidente, governador e prefeito. Sorridentes, as regras permitem um novo mandato praticamente por inércia. É só não errar muito. Quando isso não acontece, é ponto fora da roda, muito além da curva.
2 – Comunicação massiva: estamos diante de gigantescas máquinas de comunicação oficial, com ramificações muito capilarizadas e azeitadas.
3 – Faltam Projetos: há uma séria carência de planejamento político aos que querem voltar ou chegar a alguns postos de poder. Isso é meio caminho andado para a continuidade dos atuais governos.