

A primeira-dama do País, Janga da Silva, é uma espécie de super ministra informal do governo Lula.
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A socióloga aponta, orienta e veta muito do que acontece – ou deixa de -, no primeiro escalão do Executivo Federal.
Não raramente, vazam relatos de pitos a auxiliares presidenciais em reuniões ministeriais – na presença de Lula, que sempre aquiesce.
Pois bem. A partir de agora, a escudeira-mor do presidente vai coexistir, sob o mesmo teto do Palácio do Planalto, com Gleisi Hoffmann, a principal articuladora política da gestão petista.
Algumas secretarias com status de ministério – o caso das relações institucionais – funcionam no mesmo prédio-sede da Presidência da República.
Janga e Gleisi são duas mulheres de bravura política, que precisarão separar e superar posturas e espaços pessoais do destino do governo.
Vaidade e outros ruins conselheiros – que não vêm ao caso citar -, poderão atrapalhar o trabalho do quase octogenário presidente.
As duas são do Paraná, em cuja capital, Curitiba, Lula esteve preso.
Com Gleisi, Lula dobra a aposta
A decisão do presidente Lula que levou Gleisi Hoffmann para a articulação do Planalto vai dar muito bom ou muito ruim – não haverá meio-termo.
A ex-presidente do PT é uma das aliadas mais fiéis ao projeto em curso. Está no alto da lista de petistas-raiz.
No sentido inverso – e, exatamente, por isso -, a ex-senadora e hoje deputada federal pode ter combatividade excessiva – para além do que recomenda a receita.
Explicando melhor: para um ambiente no qual, nas atuais circunstâncias políticas, que requer ponderação e capacidade de agregar, Gleisi vai fazer a diferença – para mais ou para menos.
A fogueira de Guimarães
José Guimarães ter sido preterido para presidente do PT nacional não foi ruim. Pelo contrário.
Com o governo Lula atravessando temporada de baixa aprovação popular, aliados buscam bodes expiatórios – comunicação e liderança do governo Lula na Câmara dos Deputados, por exemplo.
Esta última função é ocupada pelo deputado. Deixá-la agora seria se quedar ao fogo amigo. E tem muito.
O PT e o Senado
É estratégico para o deputado José Guimarães seguir na cúpula do PT nacional.
Pré-candidato ao Senado, em 2026, o hoje líder do governo Lula precisa estar no núcleo duro que baterá o martelo sobre alianças regionais – inclusive, no Ceará.
A eleição é em julho. Guimarães divide as preferências com o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT) – preferido de Lula.