

Tipo bolo, todo mundo tem uma receita mágica para o sucesso em gestões públicas.
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Auscultar a população, trabalhar dores específicas e apresentar boas soluções está no topo da lista de ingredientes. Certo?
Nem tanto. Ter um gestor bom de conversa, empático e focado em resultados também entra.
Mas vai muito além. Transparência, sensibilidade com minorias e não cometer gafes são imprescindíveis.
O líder entender o tempo das ideias, para não pagar de anacrônico, é outro ponto relevante.
Veja que estes últimos fatores são intangíveis, de difícil captação e inserção em formulários de pesquisas de opinião.
A propósito disso, democracia não é jogo dos melhores – é dos mais populares.
A eficiência ajuda. Mas essa percepção é nichada. Chega a poucos.
O que conta mesmo é a ativação do coração – não do cérebro -, da maioria do povão.
Tanto isso é verdade que no mundo da política há muitos perfis medianos, com talentos duvidosos, no topo das galáxias.
O bom conselheiro
Vaidade é o nome que se dá ao traço de personalidade narcísica de praticamente toda autoridade política.
Por isso, gestores sábios sempre se cercam de bons conselheiros.
Em regra, funcionam como vacina ao autoconvencimento – que pode descambar para empáfia e arrogância.
A ideia é simples: proteger o líder político dele mesmo.
Isso pode ser um bom antídoto para acertar mais do que errar – e, assim, construir aprovação.
O papel do bajulador
Ter por perto um conselheiro honesto e firme é o primeiro passo para o gestor não cair em armadilhas.
Sem isso, mais cedo ou mais tarde ele vai fazer leitura errada de cenário, improvisar e falar bobagens.
Dependendo do caso ou da decisão, um ‘porém’ pode ajudar muito mais do que aplausos.
Mas isso é na teoria. Na prática, quase todo gestor gosta mesmo é de bajulador.
E eles estão sempre por perto e disponíveis, justamente para fazer o que mais sabem: babar o chefe.
É o exato e perfeito ciclo da mediocridade. O chefe acha que é um gênio; o assessor babão tem certeza disso.
Quer sucesso de verdade na política? Livre-se dos bajuladores.